Porque Adestrar um Cachorro?

 

Pensa que é fácil oferecer uma resposta técnica para isso? Então acompanhe o artigo ai,… Caso tenha uma mente aberta, irá gostar, com certeza!

 

Deixe seu comentário, ao final do artigo!

 

A propósito, iremos abordar somente adestramento de obediência básica dos cães! E de onde saiu isso tem muito mais, rsrsrrs. Aproveite a leitura!

 

Aproveito também, nesse artigo, para homenagear e evidenciar, grandes e bons amigos, através de algumas das fotos. Além de meus amigos pessoais, são excelentes profissionais da cinotecnia Brasileira.

 

Estarei prestigiando muitos outros amigos e profissionais  também, nos próximos artigos. Acompanhem!

 

 

Tratando-se de épocas atuais, o adestramento e a adequação de comportamentos são de extrema importância para o bem estar e convívio com o ser humano atual. O adestramento de cães está muito longe se ser uma “intervenção” de capricho de pessoas com mais poder aquisitivo, muito pelo contrário. Explico!

 

Venho acompanhando o desenvolvimento, tanto da cinotecnia, quanto da interação de pessoas que gostam e tem cachorros. E ao longo dos meus 36 anos (atuais em 2021) ininterruptos na atividade de adestrar cães (entre outros serviços cinotécnicos que presto), estou visualizando uma grande “guinada” no perfil dos donos, e no comportamento dos cães.

 

As pessoas, atualmente, estão tendo um comportamento de complacência para com os cães, muito acima do normal, e muito acima do necessário para prover uma existência estável, correta, e cômoda para todos os envolvidos.

 

 

NÃO!!! Não sou a favor de maus tratos, e muito menos tenho aversão a cães! Sou um treinador que já fez muito pela cinotecnia e cinofilia no Brasil! Podem ter certeza disso! Minha história é um “livro aberto”, e quem me conhece poderá endossar, sem sombra de dúvidas.

 

É que a visão técnica, junto a embasamento de estudos científicos, e a uma bagagem enorme de décadas interagindo diretamente com cães, conseguimos ver e avaliar “coisas” que as demais pessoas não conseguem enxergar.

 

Algumas pessoas, nós conseguimos conduzir até uma consciência assertiva, através de suprimentos de informações técnicas, junto a exemplos visíveis de resultados, etc. Outras já tem a mente “cimentada” com seus conceitos e crenças, adquiridos através de informações errôneas, onde pessoas “levantam bandeiras” sem ter o menor discernimento, ou qualquer embasamento técnico e prático do que seria certo ou errado para os cães.

 

 

É a mesma coisa que uma “Fake News”! Ou seja, informações que fogem longe da verdade, e que direcionam pessoas ao erro de julgamento levados pela ignorância do saber, e tudo isso vira a “Festa do Copia e Cola”. E cada vez que isso acontece e toma corpo, vira uma fila de “cegos” onde um guia o outro ladeira abaixo (a ladeira do Não Saber).

 

Como já disse um aluno de um de meus Cursos de Formação Para Adestradores,

 

“Isso é literalmente um desserviço à evolução da cinotecnia no Brasil”

 

Explico:

Os cães, como quase todos os seres vivos, já nascem “programados” com instintos dos quais são gerados impulsos genéticos e neurológicos incontroláveis, e tais impulsos, que a certo momento, nos primórdios da espécie, seriam fatores primordiais para a perpetuação genética, nos dias de hoje em convívio com os seres humanos trazem desconfortos no manejo diário, eventuais acidentes, conflitos, e consequentemente um “abandono em potencial”.

 

 

Ou seja, um cão que consequentemente nascer com um “espírito de liderança” muito aflorado, onde na natureza (devemos tratar como instintos primitivos) ele seria um excelente progenitor e defensor de toda sua matilha e de seu território. No convívio humano esse cão será um grande problema, pois nem todos nós, seres humanos agimos e nem compreendemos exatamente o funcionamento da psicologia comportamental canina, de uma forma que nos dê total condição de lidar com ela.

 

Exemplo:

Na natureza, cães ALPHAS (lideres inatos de matilhas) submetem tudo e todos ao seu redor para assim por ordem na matilha e obter controle e organização de todos os indivíduos.  Caso contrario seria uma grande “bagunça” no controle e divisão das “tarefas de matilha”, o que ocasionaria na não distribuição daquele material genético em questão (A PROLE, os filhotes desse bando).

 

Agora, imaginem um cão com esses impulsos aflorados, tendo que conviver com seres humanos que não detém tais conhecimentos. Isso quase sempre se transforma em um grande desastre e uma grande frustração para ambos, pois almejamos ter em nosso animal de estimação um amigo e companheiro, e em contra partida esse cão em questão pode estar “pré-programado” a submeter e liderar, e isso irá gerar confrontos perigosos inevitáveis.

 

 

CONSEQUÊNCIAS DA MÁ COMPREENSÃO E FALTA DE INFORMAÇÃO

Maus tratos –

 

Sem conhecimento, o cão doméstico é transformado, devido à falha de manejo e interação, em cães problemáticos, e consequentemente terão uma vida mais isolada, tanto de seus donos, quanto da sociedade, de uma forma geral. Terá uma vida de confinamento, pois não lhe foi permitido à disciplina, e isso leva ao descontrole.

 

Confinamentos –

 

É outra forma de maus tratos! Devido à falta de controle, desencadeada pela ausência da disciplina, esse “cão problema” não é bem quisto em nenhum ambiente, pois não foi lhe dado o direito de aprender como se comportar em situações adversas.

 

Lembrando! Situações estas, que são de exclusividade total dos seres humanos, e não situações naturais aos canídeos, onde através de seus instintos, saberiam exatamente como agir e qual conduta apresentar. Esse é mais um dos muitos motivos que você viu e ainda verá nesse artigo. Porque adestrar um cachorro?

 

 

Acidentes –

 

Se imagine passeando com um cão, cuja disciplina não lhe foi oferecida, e que mesmo com os devidos equipamentos (indispensáveis em todas as situações, a meu ver), que são, colar e guia, ele anda alterado, com altos níveis de excitabilidade, literalmente “rebocando” seu condutor.

 

Perceba como é fácil esse cachorro te machucar, ou mesmo escapar do seu controle, por qualquer motivo que seja, e sair em disparada para o meio da avenida. O fato é avaliar o contexto geral desse cenário, pois não se trata somente da integridade física do cachorro, mas sim de todos que estão nesse ambiente comum.

 

Esse cachorro no meio da avenida pode ocasionar um grave acidente de trânsito, matando até uma família inteira, e morrendo também!

 

 

ONDE ESTÁ ENTÃO, A TÃO FALADA “POSSE RESPONSSÁVEL”?

 

Posse responsável, não é só suprir as necessidades alimentares e de abrigo aos cães, mas sim, dar a oportunidade de que ele tenha disciplina, fazendo assim com que consiga se adequar ao nosso convívio doméstico, e poder ter uma vida social mais ativa conosco, em viagens, pequenos passeios, etc.

 

“Posse responsável” é muito mais ampla do que se pensa!

 

Abandono –

E por fim, “O Fundo do Poço”, aquilo que todos nós, independente de conceitos, crenças, pontos de vista, argumentos, etc. lutamos para evitar. Sim! Minhas estatísticas (tenho know how para isso), apontam que um dos maiores índices de abandono se dá pelo fato de algumas pessoas não serem capazes de lidar com problemas mais acentuados em cães.

 

Ou seja, o cenário mais comum, em sequencia é:

 

 

1 – A compra, ou adoção, de um cachorro cujo a pré avaliação para investigar a equivalência dos perfis, não foi feita, e nem sequer pensada. Muito menos a retirada do filhote na idade correta!

 

2 – Não foi solicitado nenhum tipo de assistência para um suprimento de informação sobre como introduzir, manejar, e disciplinar o filhote no novo ambiente.

 

3 – Os problemas se “solidificam”, maus hábitos são adquiridos devido a uma interação inadequada, conforme o crescimento do filhote vão surgindo os desvios de comportamento, e a conduta do filhote começa a ficar insuportável.

 

4 – Algumas pessoas então, ao invés de buscar suporte profissional, acabam por “mendigar” novos lares para o cachorro, e essa situação tende a se repetir por várias vezes com os novos “candidatos”.

 

5 – ABANDONO! E dai para frente é de conhecimento geral.

 

 

Solução:

 

Buscar informações com profissionais que realmente fazem a diferença. Entenda a formação desse profissional, leve em consideração suas atividades e sua bagagem curricular, pesquise a veracidade do trajeto profissional do adestrador.

 

Esse cuidado será seu “filtro” para se livrar de oportunistas, que viram nesse ramo uma forma de ganhar dinheiro fácil, pois mexem com o emocional das pessoas, e as informações reais não são claras, mas sim muito precárias, e pouco disponíveis. Geralmente maus profissionais só falam o que as pessoas querem ouvir!.

 

 

Profissionais qualificados poderão dar um grande suprimento de informação sobre psicologia comportamental canina para donos inexperientes.

 

Através de consultas e assessorias, os proprietários de cães problemáticos poderão compreender o funcionamento desses instintos e impulsos, e consequentemente ir obtendo conhecimento, então poderão lidar melhor com os problemas gerados, ou até mesmo extingui-los adequando o seu dog ao convívio doméstico.

 

Um bom adestrador de cães também poderá proporcionar ao cão uma vida social mais ativa, ou seja, através de exercícios de obediência o cão terá a oportunidade de adequar seu comportamento em diversas situações, e consequentemente terá acesso a lugares onde os maus comportados não se enquadrariam e não seriam bem vindos (uma criança mal comportada não é bem quista em nenhum lugar, e isso não é diferente com os cães).

 

O adestramento, e o conhecimento (mesmo que não muito aprofundado) sobre o comportamento dos canídeos, são sim, indispensáveis quando falamos em “Posse Responsável”.

 

O adestramento proporciona uma vida social mais íntegra para o cachorro, pois com disciplina, saberá utilizar a conduta mais adequada para cada cenário. Os passeios se tornarão muito mais confortáveis, seguros, e prazerosos, portanto, muito mais frequentes!

 

O conhecimento sobre o comportamento dos cães, fará com que faça aplicações de manejo e interações assertivas, evitando assim as lacunas onde os cães adquirem maus hábitos, e saberá intervir, com uma linguagem compreendida, qualquer desvio de comportamento.

 

 

Lembre-se! Serão, em média, 15 anos de convivência, dos quais somente VOCÊ decidirá como será essa interação!

 

Prepare-se para o seu cachorro! Prepare o seu cachorro!

 

13 respostas

  1. O conhecimento da psicologia canina é tão complexo quanto a psicologia humana. Ninguém precisa ser PHD em comportamento canino. Mas um mínimo de conhecimento é necessário para que saibamos administrar os problemas que acontecem todos os dias com os cães que habitam os lares.
    Um conhecimento mínimo, faz muita diferença na forma de lidar com o cão.
    Ter consciência que o cão interage com o(s) dono(s) e também com o ambiente onde vive é fundamental para termos uma “posse responsável” e ao mesmo tempo não entrarmos em desespero diante de situações inesperadas/inusitadas.
    Att, Elcio(DogElcio) – Monte Alegre do Sul/SP.

    1. Muito bem esclarecido, Élcio! O conhecimento, mesmo que mínimo, é uma das “chaves” para proporcionar ao cão uma qualidade de vida real para a espécie! Infelizmente, o que vemos na maioria dos casos, hoje em dia, são “achismos” e opiniões vindas de um desiquilíbrio “em massa”. Continuamos na “luta”, para tentar transmitir um pouco de bom senso…

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